Os corais são invertebrados marinhos, pertencentes à mesma classe que as anémonas e com uma estrutura semelhante a estas. Distribuem-se pelos oceanos de todo o mundo, podendo ser solitários ou coloniais.
Os coloniais são os únicos corais que constroem recifes. Cada colónia é constituída por milhões de pequenos pólipos de coral, em que cada um segrega um fino esqueleto de carbonato de cálcio à sua volta.
O resultado é uma estrutura maciça de carbonato de cálcio, resultante da sobreposição dos esqueletos das sucessivas gerações de pólipos. Os pólipos são semelhantes a anémonas minúsculas e, tal como estas, possuem tentáculos armados de nematocistos, que usam para se defenderem e alimentarem.
Podem reproduzir-se assexuadamente, contribuindo para o aumento do tamanho e para a continuidade da colónia, ou sexuadamente, dando origem a novas colónias.
- Uma faringe, denominada neste grupo actinofaringe que liga a "boca" ao celêntero e que, muitas vezes, contém divertículos chamados sifonoglifos, com células flageladas, em posições diametralmente opostas, dando à anatomia do pólipo uma simetria bilateral.
- Mesentérios, um conjunto de filamentos radiais que unem a faringe à parede do pólipo.
Dentro destas duas classes, existem três tipos de recifes: em franja, de barreira ou atóis. A maior barreira de coral é a Grande Barreira de Coral (Oceano Pacífico).
Quase todos os antozoários formam colónias, que podem chegar a tamanhos consideráveis (os recifes), mas existem muitas espécies em que os pólipos vivem solitários, presos ao substrato.
Os pólipos têm a forma de um saco (o celêntero) e uma coroa de tentáculos com cnidócitos (células urticantes) na abertura, que se chama arquentero. Os artrozoários não têm verdadeiros sistemas de órgãos: nem sistema digestivo nem sistema circulatório, nem sistema excretor, uma vez que todas as trocas de gases e fluidos se dão no celêntero, uma vez que a água entra e sai do corpo do animal através de correntes provocadas pelos cílios das células da parede da faringe.
No entanto, esta classe de celenterados tem algumas particularidades na sua anatomia:
O grupo inclui os importantes construtores de recifes conhecidos como corais hermatípicos, encontrados nos oceanos tropicais.
Os corais responsáveis pela formação dos recifes vivem em simbiose com microalgas, presentes nos seus tecidos e denominadas zooxantelas. Esta relação é benéfica para ambos os organismos.
De uma maneira geral, os corais podem alimentar-se de matéria orgânica dissolvida na água, microorganismos e plâncton. Este último caso observa-se em espécies com pólipos de grandes dimensões e, principalmente, nas que não têm zooxantelas.
Os recifes de coral são, provavelmente, as comunidades bentónicas mais ricas e complexas dos oceanos.
Os recifes de coral podem ser continentais ou oceânicos. Os primeiros crescem nas margens continentais, enquanto os segundos surgem em pleno oceano, geralmente associados a montanhas submarinas.
Corais-cérebro- Os pólipos destes corais crescem ao longo de sulcos, em forma de circunvalações, que se assemelham às de um cérebro. Povoam as zonas protegidas dos recifes e lagoas.
Corais-cérebro-abertos- Estes corais vivem nos fundos de areia que rodeiam os recifes de coral costeiros. Aqui, a sua capacidade de se elevarem acima do substrato enchendo-se de água do mar, evita que fiquem cobertos pela areia.
Corais-bolha- Estes corais possuem vesículas em forma de bolhas, que podem atingir dimensões consideráveis. Estas bolhas não são pólipos, mas sim tentáculos modificados, que se expandem durante o dia, para aproveitarem o máximo de luz.
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